terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Para Al Gore, governo não pode controlar a internet

Ex-vice-presidente dos EUA e ativista defende liberdade da rede mundial de computadores


O ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, participou nesta terça-feira, 18, de debate na Campus Party Brasil, o maior evento de internet e cultura digital do mundo. O democrata norte-amerciano dividiu o palco, por quase uma hora e meia, com o pai da "www", Tim Berners-Lee. Ambos defenderam a liberdade da internet e a importância de não permitir o controle dos governos ou de empresas sobre a plataforma.

"A internet é importante para o futuro da humanidade porque representa a democracia e mercados livres, e não grandes corporações ou monopólios", destacou o político, que participou pela segunda vez do maior encontro geek do planeta. Há dez anos, ele marcou presença na edição de Valência, na Espanha.

Logo no início, Al Gore pediu desculpas por falar somente inglês e cumprimentou a senadora Marina Silva, que estava na plateia do evento. Ele também mencionou as chuvas no Rio de Janeiro, que já mataram mais de 600 pessoas, e falou de outras enchentes que assolaram recentemente outros países, como Austrália e Colômbia, citando o aquecimento global, sua principal bandeira. Disse também estar honrado por dividir o debate com um homem tão importante para as mudanças digitais atuais do planeta, Tim Berners-Lee.

Para o político, a internet é uma ferramenta extremamente importante em termos sociais e de educação. Por isso, é necessário garantir que ela se mantenha livre, sem o controle de governos ou empresas. O ex-vice-presidente norte-americano, que foi jornalista, destacou também a crescente importância da internet nas campanhas políticas e lembrou da necessidade de leis para a proteção da privacidade dos usuários da web.

O criador da www Tim Berners-Lee manteve o mesmo tom de defesa da liberdade da internet e do acesso dos cidadãos aos dados disponíveis. "A internet funciona porque é descentralizada", destacou. O uso da ferramenta para protestar de forma consciente, através de Twitter e blogs, também foi defendida pelo criador da web.

Esta é a quarta edição da Campus Party no Brasil. O evento surgiu na Europa, em 1997. A edição brasileira segue até o dia 23 de janeiro no Centro de Exposições Imigrantes, em São paulo, e deve receber mais de 6,8 mil participantes.





Por Andrea Martins

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